"Até mesmo o silêncio é um texto."

quinta-feira, 25 de março de 2010

Como bolar títulos criativos.

Às vezes, é difícil gastar tempo. Sim, exatamente. Eu também achava isso a coisa mais fácil do mundo, mas como dar cabo da tarefa quando não se tem acesso a sites mestres em jogar o tempo pela janela?

Hoje cheguei aqui na minha querida faculdade, às seis e vinte. A minha querida aula só começa às sete e meia. Vamos arredondar e dizer que eu tenho uma hora inteira até a aula. Então, algumas opções tenho para desperdiçar esses minutos:

1 - Comer – não dá, com os preços dessas lancherias do campus, teria eu de trabalhar setenta por cento do mês para pagar as guloseimas, os outros trinta vão para os impostos, é claro. Além do mais, se minha barriga aumentar mais um ou dois centímetros, passo para a categoria da “barriguinha de cerveja”.

2 – Ler – Eu vim de porto alegre num ônibus que partiu às quatro e quarenta. Subtraindo isso das seis e vinte (hora em que cheguei) teremos uma quantia generosa de minutos, os quais eu desfrutei de um belo clássico - um marco da literatura ocidental – Dom Quixote da Mancha, de escrita por hora complicada. Sendo assim, estou já um pouco debilitado para perseguir as letrinhas com os olhos, embora eu adore fazer isso.

3 – sentar num banco e olhar o movimento – ah, para! Não estamos numa cidadezinha do interior do século retrasado.

4 – Procurar um conhecido e travar uma interação construtiva, pois afinal estamos na universidade! – não. Não nessa universidade...

5 – Sentar na frente de um computador e absorver um monte de informação que nunca servirá para nada – Bingo! Era isso mesmo que eu precisava! Entretanto, o Orkut está bloqueado, o Facebook também, o Hi5 idem... Twitter! Sim, aí sim está liberado um monte de links que pulam na sua tela e tudo o que você tem de fazer é apertar sem dó os botões do mouse detonado que está na sua mão direita! Todavia, não há nenhum twit que me motive a apertar o botão esquerdo. Mas há, contudo, uma nova invenção do Google, o maior bruxo de todos os estudantes do mundo: o tal do Reader! Esse filho do grupo de Montain View é um twitter com textos de blogs inteiros, ou seja, como texto, imagem e vídeo! O melhor: eu nem sei onde ele seleciona os textos que coloca na minha frente. É mágica! É conteúdo que não para mais, interessante ou desinteressante – ou ainda as duas coisas! E não é só isso: ele não percebe que os nossos blogs brasileiros são uma espécie de religião que cultua o Copia e Cola, o famoso ctrl+c, ctrl+v. Isso significa que ele bota na sua cara o mesmo conteúdo muitas vezes, quantas vezes o pessoal copiar e colar e, dessa maneira, não há risco algum de você perder um post que você não leu! Cara, esse Google é mesmo foda: quando comecei a digitar isso, a idéia não chegava nem perto do que acabou por sair.